Meu filho, o teu padrão vibratório é a tua sentença.  Tia Neiva

 

Nesta pequena frase de Tia Neiva, incansavelmente repetida, reside toda a verdade de nossa existência.

Somos o reflexo do que vibramos, ou seja, de como pensamos, falamos e agimos.

Não conta apenas nossos trabalhos espirituais, nossa conduta doutrinária dentro do Templo. Conta também como vibramos, como pensamos, o que falamos e como agimos nas vinte e quatro horas do dia.

No dia a dia pensamentos inapropriados chegam incessantemente às nossas mentes, e, como médiuns preparados, temos o dever de ir anulando-os, eliminando-os. O processo parece muito complicado apenas porque são milhares e milhares de pensamentos contraditórios que chegam, mas na verdade não é! Os “pensamentos rápidos” referentes a algo “mau” não nos fazem dano, pois não ficamos com eles fixos, criando a daninha vibração negativa. O problema reside quando mantemos a mente focada nas coisas improdutivas ou que vão contra a conduta moral que devemos manter. Com o costume de “acordar”, quando algo negativo chega à nossa mente, tomando consciência, e mudando de imediato o foco, estes vão ficando cada vez mais raros, até aparecerem comente quando somos verdadeiramente agredidos ou incomodados. E mesmo nestes momentos, em que nos julgamos “atacados”, a consciência deve atuar e mudar a sintonia.

As palavras proferidas também exigem vigilância. Sabemos que emitem energia e temos também o conhecimento do poder que podem ter. Trazendo a esperança ou destruindo quem as ouve. Primeiro pensar, antes de falar, e com o tempo naturalmente só falamos o que efetivamente possa trazer o bem. As brincadeiras, piadas e gracejos, quando insufladas pelo bom humor, são excelentes companheiras. Ao passo que a ironia, o escárnio e a ira, só trazem e semeiam o mal.

Nossas ações naturalmente já vão ficando restritas, pois a consciência nos cobra e impede que executemos algumas “maldades” que passam pela mente. Os desejos de vingança, travestidos com uma máscara de justiça, continuam perigosos, mas ao médium consciente resta sempre lembrar que o perdão é a melhor semente a ser plantada em qualquer coração.

Escrevo isso tudo para mim mesmo, depois de um dia em que insistentemente semeei o bem, face a tantas dificuldades da vida quotidiana, e encontrei os incompreendidos, e suas incompreensões, ao fim do dia.

Nada melhor que perdoar! Que esquecer verdadeiramente e rezar pedindo para que se possa ser perdoado, mesmo que se esteja certo! Pois aos olhos de quem nos agride, não estamos!

A verdadeira oração não é de quem pede justiça, pois este é o maior cego! A verdadeira oração é de quem pede perdão e ora para que possa ser perdoado por quem lhe ofendeu, pois se este lhe ofendeu, é porque de alguma maneira também se sentiu ofendido primeiro.

Não basta nossa consciência limpa, é preciso reequilibrar as vibrações com o perdão, e este deve vir sempre pela nossa própria atitude, não nos cabe esperar que o outro nos compreenda. Não nos cabe esperar que o “errado” nos peça perdão. A atitude é de quem sabe o compromisso espiritual que possui e não dos que se julgam incompreendidos... Hoje se sentem ofendidos, amanhã se julgarão nossos inimigos.

Semeemos o perdão, para podermos pedir perdão! Temos tantas dívidas a resgatar ainda...

Ao encontrar nosso verdadeiro cobrador teremos o que apresentar. Mostraremos nossa verdadeira mudança, e as sementes de perdão lançadas por nós, quem sabe frutifiquem em seus corações.

***

Nosso equilíbrio depende do padrão vibratório de nossos pensamentos, palavras e ações; da maneira como vivenciamos os nossos problemas, infortúnios e felicidades em nossa vida material.

Não podemos, jamais, nos deixar levar pelas reações indesejáveis que os percalços e as pedras que encontramos em nossos caminhos causam em nossas mentes conturbadas, permitindo, assim, que esses problemas se transformem em ondas negativas e reflitam em nosso padrão vibratório.

É preciso buscar sempre o equilíbrio e manter as boas vibrações, para que não sejamos alvos de espíritos sofredores e obsessores, que estão sempre à nossa volta, esperando o momento propício de nos assediar.

Lembremo-nos sempre de que os obsessores nunca vêm ao nosso encontro. Nós é que vamos ao encontro deles, quando baixamos o nosso padrão vibratório, vibrando na mesma faixa deles, permitindo que nos alcancem.

Os espíritos obsessores se ligam a nós, seres humanos, pela gradação vibracional e só encontram acesso quando a nossa vibração desce até à deles.

Da mesma forma, se nosso padrão vibratório é baixo, nós somos tomados, carregados, “espiritados” etc. Esse mecanismo determina a posição voluntária de cada um de nós, seres humanos, em relação aos espíritos sofredores e obsessores.

A variação, portanto, do nosso padrão vibratório é que determina o tipo de companhia que vamos ter em cada momento de nossas vidas nesse plano físico.

Vigiai e orai.

Essa é a tônica que deve estar sempre viva em nossas mentes e em nossos corações.

Kazagrande

Extraído do livro “Ao Centurião”

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