Antes de iniciarmos o primeiro Trabalho do dia,
que invariavelmente deveria ser a Mesa Evangélica, ficando a exceção apenas
para os Prontos Socorros que ainda operam em regime de urgência, existe todo um
preparo.
Ao colocarmos o uniforme iniciamos um processo
que nos conduzirá ao contato com nossa Individualidade. Deixamos de lado nossos
problemas e aflições e passamos a considerar que o atendimento ao paciente,
encarnado ou desencarnado, é o mais importante dever do dia.
Passamos por um processo completo de
mediunização, onde os mantras e nossa preparação, nos dão a condição de
participar da Mesa Evangélica, já devidamente interiorizados em nosso espírito.
Perguntaram “em que pensar? como me concentrar
na Mesa Evangélica?”. Abordemos este tema sob a ótica de nossas duas diferentes
mediunidades desenvolvidas: Doutrinador e Apará.
O Apará, Mestre ou Ninfa Lua, tem normalmente
uma maior facilidade em desprender-se das necessidades de concentração. Sua
mediunidade já os conduz a um pequeno entorpecimento do sistema de vigília, e
um suave relaxamento se passa no momento que se dispõe a preparar-se para a
incorporação.
Na Mesa Evangélica não é diferente. Deve deixar
a mente livre de pensamentos pré-concebidos e entregar-se à projeção que
recebe. A chamada para incorporação dos irmãozinhos é a chave para fechar as
mãos, cruzar os braços e ser o perfeito aparelho de integração entre aqueles
que necessitam do magnético humano para partir rumo a uma nova jornada.
Este trabalho foi destinado aos nossos irmãos
recém-desencarnados, que
necessitam de fluído, para recuperar parte de suas forças, afim de acompanharem
seus mentores.
As ditas “Mesas Pesadas” não são um trabalho
trazido pela Clarividente. Excepcionalmente,
pode-se realizar uma Mesa Especial de Centuriões, como o Trino Araken concebia,
visando direcionar a energia de maneira claramente desobsessiva para
determinado evento ou pessoa. O tal “peso”, de algumas Mesas, é trazido pela
falta de preparo dos médiuns participantes, que trazem suas energias pesadas e
externam seus próprios problemas.
O Apará equilibrado vai à Mesa para cumprir o
papel a que ela foi destinada: Receber os irmãozinhos
recém-desencarnados, doar a energia e permitir que sejam rapidamente
encaminhados pelos seus Mentores. Deste modo, a concentração é apenas na
doação de energia a ser fornecida e ao esclarecimento promovido pelo
Doutrinador.
Já o Doutrinador, concentra-se expandindo sua
percepção. Trabalha a Doutrina com amor e procura sentir cada palavra proferida
como um bálsamo a ser entregue aos que ali chegam ainda desorientados e
enfraquecidos. Sua postura de carinho, respeito e total dedicação, é a
verdadeira e necessária concentração.
Mestre
Kazagrande – Adjunto Anavo