O MÉDIUM DOUTRINADOR
O Doutrinador potencial, quando se apresenta ao
grupo mediúnico, demonstra, em geral, ter a vida desequilibrada e ser dominado
pela angústia, pela descrença, agressividade ou passividade excessiva.
Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça,
distúrbios digestivos e incômodos cardíacos. De modo geral, esses incômodos
cardíacos já foram objeto de cuidados médicos e desanimaram o clínico pela
falta de causas definidas.
Submete-se, então, o paciente a um trabalho
mediúnico, em que haja absorção do ectoplasma excedente no organismo. A melhora
quase instantânea é a melhor prova de que estamos na presença de um
Doutrinador.
Depois dessa experiência, se ele aceitar a ideia
de trabalhar espiritualmente, deve ser submetido ao exercício de sua
mediunidade, a começar pelos processos físicos. Durante um período mínimo de
três meses, ele deve trabalhar uma ou duas vezes por semana, doutrinando
espíritos incorporados, ministrando passes magnéticos e conversando com
pacientes que procuram o tratamento espiritual.
Por tendência natural, o Doutrinador tem
interesse na cultura intelectual. Tenha escolaridade ou não, ele sempre absorve
o aspecto intelectivo do meio em que vive.
Sua apresentação, pois, é cheia de
justificativas, explicações e demonstrações de conhecimentos. No seu arrazoado,
predomina a análise com tendências ao cerebralismo. Nisso ele revela certo
bloqueio à recepção espiritual. O racionalismo excessivo impede o contato com o
transcendente.
O MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO
Quando chega ao Mediunismo, o Incorporador nato
apresenta incômodos na parte inferior do corpo, principalmente no aparelho
digestivo, rins, bexiga e outros órgãos energizados pelo plexo solar e
circunvizinhos.
É muito comum, também, apresentarem incômodos na
coluna.
Como consequência direta desses males, ele sofre
cronicamente de dores de cabeça, tonturas e sintomas semelhantes.
Psicologicamente os sintomas são de fobias,
alucinações, insegurança, irritabilidade, emotividade exagerada e até histeria.
A primeira medida, no seu desenvolvimento, é
fazê-lo sintonizar com o seu Mentor. Ele é a garantia do equilíbrio do médium.
Convida-se o candidato a se concentrar, de olhos
fechados, de pé, e a respirar profundamente. Mediante a aplicação das mãos, da
cabeça para baixo, sem o tocar, o Doutrinador magnetiza o aparelho. Esse
trabalho deve ser acompanhado de leve hipnose, através de palavras repetidas.
Pede-se ao médium que imagine seu Mentor, e vai-se sugerindo sua presença,
mediante chaves próprias.
Na maioria dos casos, o médium incorpora na
segunda ou na terceira tentativa. Se ele apresentar sintomas de angústia,
deverá ser submetido a uma enfermagem, na mesa mediúnica, e voltar ao processo.
Assim que o médium se habituar a incorporar o
seu Mentor, sempre que for solicitado, e na presença de um Doutrinador, ele
deve ser encaminhado à mesa e ali incorporar sofredores, assistido pelos
Doutrinadores.
Trino Tumuchy – Mestre Mário Sassi
Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo