A empolgação inicial dos que encontram a Doutrina do Amanhecer é natural. Descortina-se um véu de explicações que julgavam ocultas e abrem-se oportunidades de praticar o bem além de tudo que se podia imaginar.

Muitos iniciantes perdem-se nesta empolgação e mergulham no fanatismo, julgando que tudo pode ser resolvido com um “Obatalá” ou uma mensagem dos céus. A situação piora quando encontram, e escutam, algum veterano deste fanatismo.

Meus irmãos e irmãs, Salve Deus!

Sim, a Doutrina explica e abre nossa mente para verdades espirituais e apresenta a oportunidade de compreender melhor o mundo em que vivemos. A Doutrina nos torna (ou deve tornar-nos) mais tolerantes, mais compreensivos, permitindo olhar a vida além dos aspectos materiais e das necessidades básicas do ser humano.

Porém, cada um é responsável exclusivamente pela sua jornada! Todos temos o livre-arbítrio e podemos decidir que caminhos trilhar, ou quais opções podem ser consideradas. Logo, de nada adianta pensar em consertar o mundo querendo esclarecer os outros da realidade espiritual. É preciso que cada um trilhe seu caminho e encontre a sua verdade, o seu caráter e a sua própria evolução. Nosso papel é encaminhar espíritos! Estes já não possuem mais o corpo físico e suas possibilidades são limitadas à condução do padrão mental que os envolve. Um espírito sempre estará onde seu padrão mental o conduzir. Por este motivo somente chegam ao templo aqueles que demonstram alguma chance de recuperação breve e real.

Interferir na caminhada de outras pessoas, ou mesmo espíritos, é chamar para si uma responsabilidade, um karma, que não temos como mensurar se realmente temos conduções de assumir.

Interferimos na vida das pessoas (encarnadas) quando tentamos forçar uma compreensão, tentamos arrastá-las para o templo, ou quando mergulhamos em discussões improfícuas sobre religião. Não somos religiosos! Somos missionários na condição de cientistas espirituais, ou seja, aqueles que podem explicar para quem vem nos procurar, mas não para sair por aí buscando adeptos. Quem tem que chegar, chegará na hora certa, sempre.

Interferimos na caminhada de um espírito quando, usando nosso conhecimento e a força de nossas consagrações, para trazer “na marra” um espírito que ainda não está preparado, ou que não atingiu o merecimento, alguém que não “estava na fila”. Como assim? Quando decidimos resolver um problema espiritual, nosso ou de alguém, “mandando” nossos Mentores trazerem tal espírito para ser doutrinado, ou encaminhado. Pelas nossas consagrações, ou pelos nossos bônus, os Mentores atendem, mas a responsabilidade do que for acontecer é nossa.

Um pequeno exemplo: Um doutrinador que, ao terminar a doutrina, antes do Obatalá, sempre registrava “você será encaminhado às casas transitórias de São Francisco de Assis”... Certa vez, em um trabalho de tronos, Vovô Indú o alertou:

- Meu filho, este espírito que você com tanta perfeição encaminhou quer ir para onde você prometeu.

- Graças a Deus, Vovô. Então tudo correu bem?

- Mais ou menos, meu filho. Ele não tem bônus para chegar tão longe, tão rápido. Seria encaminhado para os primeiros socorros em tendas formadas no limite da primeira dimensão antes do etérico.

- E ele foi para lá então?

- Não, ele foi para onde você registrou e ele cobrou.

- Mas ele não tinha bônus, como foi isso então, vovô?

- Oras... Ele usou seus bônus, foi você que prometeu.

Salve Deus!

Kazagrande

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