2020 foi um ano atípico (para todos
nós, creio eu), não apenas pela situação sanitária que ainda enfrentamos, mas
pelo turbilhão de mudanças na vida pessoal em suas várias vertentes (emocional,
espiritual, social, material). Sempre enfrentei muitas mudanças em minha
jornada física, algumas vezes transmutado em verdadeira fênix, outras de pato à
águia (alguns entenderão), mas, desta vez, tudo veio ao mesmo tempo e confesso
não ter conseguido lidar com tudo junto. Tive, como sempre procurei ensinar, que
enfrentar uma situação de cada vez.
A saúde, debilitada em 2019 por
problemas cardíacos, parecia algo sem solução, os exames no meio de 2020 não
revelavam grandes esperanças de uma encarnação mais longeva. Calma! Antes que
parem de ler, adianto que acabo de passar por nova bateria de exames e minha
recuperação deverá ser objeto de estudos... rsrs Estou melhor e mais forte do
que nunca!
Os aspectos emocionais e sociais
também apresentaram seus desafios, mudanças que sempre me levavam a questionar
se valia a pena começar coisas novas, sem ter muita confiança se teria tempo
para concretizar, acabaram por gerar um grande bloqueio que atingiu não apenas
minhas manifestações escritas, mas também minha relação pessoal com os outros.
Parei de escrever, parei de responder, me afastei sem saber o que, ou como,
manifestar os sentimentos e mudanças que ainda estava assimilando.
Materialmente a vida deu seus
saltos, parecia haver uma energia impelindo-me a criar cada vez mais. Várias
frentes novas nos negócios, um incremento significativo na capacidade de
atrair, magicamente talvez, a tenacidade em decisões difíceis e acertadas. Eu,
ingenuamente, acreditava que tudo estava se encaixando para poder “partir em
paz”. Ledo engano!
Espiritualmente a fé estava muito
mais racional do que deveria. Parar de manter o contato com vocês trouxe um
sentimento de tristeza que potencializou ainda mais o afastamento. Conviver com
aqueles que chegam cheios de esperança nos alimenta, compartilhar com aqueles
que realmente buscam o que aprender, ou simplesmente entender, reanima e
reaviva. Quando nos afastamos um pouco, passamos a reparar demais nas
picuinhas, nas disputas insanas, nos desmandos, nas manipulações e perguntas
capciosas. Talvez seja um mecanismo de justificativa, pois tudo sempre foi
assim, hoje em dia por outros interesses, mas sempre foi assim. Felizmente “a
Doutrina está em mim” e não “eu que faço parte da Doutrina”... (O Senhor tem
seu Templo em meu íntimo).
Cansei? Olha só, escrever sempre
foi uma grande felicidade para mim, porém, sentir o peso da obrigação em meio
ao atordoamento das mudanças e observações improfícuas, cansou! Na verdade,
cansou, travou, bloqueou. Voltei a escrever aos poucos e foi fantástico!
Iniciei com meus textos e artigos externos, depois os comerciais e agora de
volta ao Exílio do Jaguar!
Bem, este texto, que já vai ficando
grande demais para os padrões atuais, não é para justificar nada, e sim para
pedir perdão pela minha ausência, a tantos que continuaram vibrando em meu
favor e insistindo em escrever manifestando seu carinho e respeito, mesmo em
meu demorado silêncio.
A compreensão sempre chega! Mesmo
sentindo a consciência cobrar, vejo o quanto igualmente foi positivo este
afastamento das redes e contatos. Ao iniciar o ano comecei a libertar-me das
ideias de “deixar tudo em dia” e fui fazer coisas novas, muitas irei contando
aos poucos aqui, para vocês. Mas, adianto que mudei de cidade, abri novos
negócios, despertei dons adormecidos, encarei desafios, perdi os medos, até
vestibular em universidade pública arrisquei (ainda não saiu o resultado), comecei
a escrever muito, muito, muito, e agora chegou o momento de escrever aqui para
vocês. Irei começar a responder os e-mails, comentários, mensagens, zaps... Mas,
paciência, vai demorar um bocado para colocar tudo em dia!
Fraterno abraço, e perdão!
#kazagrande
#exiliodojaguar
#valedoamanhecer
#tianeiva
#tumuchy
#arakem
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