Realmente, a “vontade de bater, xingar e às vezes até de voar no pescoço do Doutrinador ou do paciente” é quase incontrolável!

Porém, devemos ter em conta que ela só será externada se encontrar, no próprio aparelho, sentimento semelhante, para criar uma simbiose mental e traduzir em impulso físico e/ou verbal.

Deixar o irmãozinho liberar esta energia, não vai ajudar em nada o Doutrinador, que também possui seus sentimentos próprios e receios naturais, que podem em conjunto mesclarem-se com a energia liberada, colocando a perder todo o trabalho, dando ainda mais força ao sofredor.

A responsabilidade do Doutrinador é de emanar a aura do médium, e do irmãozinho, com sua energia mediúnica vibrante na tônica do amor.

Claro que não podemos criticar quem ainda não compreende, ou não recebeu a orientação necessária sobre como se conduzir nestes momentos delicados. O Apará não pode se render aos sentimentos do irmãozinho, justamente ao contrário! Tem que vibrar para que ele compreenda aquelas palavras e mentalizar (visualizar) a sua Elevação.

Vejo que normalmente os médiuns que mesclam suas energias com a do sofredor, dando vazão aos sentimentos que lhe invadem, são justamente os que saem “passando mal” e com vibrações de todo tipo. Ao passo que os que se controlam e possuem uma incorporação perfeita, saem tranquilos e com a sensação da missão verdadeiramente cumprida.

Também conheço médiuns de todos os tipos, veteranos e “graduados” com os mais diversos comportamentos. Tia nos ensinava que o médium mais sujeito a mistificação é justamente o mais antigo e de maior classificação.

Não falo em “falta de conduta”, mas sim, em falta de conhecimento! A falta de conduta se dá quando o médium tem esclarecimento e não segue as leis que nos regem neste Amanhecer, e uma das Leis que Tia mais primava era justamente a elegância nas incorporações, e o comportamento de cavalheiro do Doutrinador.

Mal formados? Desequilibrados? Talvez... Mas o que realmente pesa é o momento em que o médium atravessa em sua vida e o quanto ele mesmo está precisando externar sua energia. O sofredor, ao encontrar este campo fértil, sente mais facilidade e aí o médium acaba “debaixo dos Tronos”. Por isso a necessidade de total responsabilidade ao ir para os Tronos! Nosso compromisso não é só com o paciente físico, é também com o paciente espiritual! E estes não podem encontrar um lugar para aumentar sua negatividade, e sim, para contê-las! O Apará, médium Iniciado na Corrente Indiana do Espaço, por esta característica, é consciente e pode controlar as reações. Somente não conseguindo, quando sua própria energia está compatível com a do irmãozinho... De modo, que é melhor nem ir para os Tronos, se não puder se controlar. Pois sairá dali pior do que entrou ou terá que contar com o merecimento de ter ao lado um Doutrinador que possa trabalhar dobrado: controlando aparelho e sofredor. De qualquer forma, os dois acabam esgotados.

Em nossa Doutrina, segundo descrito pelo Trino Tumuchy, trabalhamos com a “projeção do Mentor”! Ele não entra e domina o corpo do Apará! Projeta sua energia e intuição para a realização do trabalho. Quando chega o sofredor, o Mentor se afasta (por isso a sensação da voz do Mentor se distanciar) e permite que o irmãozinho, projete. Com a “Puxada”, o Doutrinador abre a aura do Apará para que ele receba a projeção da aura do irmãozinho, que passará a receber a limpeza propiciada pelos movimentos iniciáticos do Doutrinador e sua emissão de ectoplasma através da doutrina verbal.

Quanto ao controle dos movimentos físicos... Salve Deus! O Apará, Iniciado em nossa Corrente, tem o controle de seus movimentos. Obviamente, quando seu nível de mediunização é muito forte, ele sente com maior intensidade os movimentos projetados pela Entidade de Luz. Porém, jamais, repito, porque são palavras de Tia, jamais uma Entidade de Luz viola a vontade de um médium. Ela projeta e o movimento só se realiza com a permissão do médium! Dores não podem provir de uma Entidade de Luz, que nunca força o médium a nada.

Kazagrande

Extraído do livro “Ao Centurião”

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