Durante minha caminhada doutrinária conheci dezenas de templos, muitos na inauguração, outros ainda na fase de implantação de forças. Foram anos extremamente felizes, em que observava o florescer de nossa Doutrina no plano físico.

Visitar estes mesmos templos hoje, tantos anos depois, traz um ensinamento valioso que somente despido de qualquer julgamento pode esclarecer boa parte de nossa missão.

Procurar entender a caminhada de cada povo, de cada Adjunto, traçando um paralelo com a missão espiritual efetivada, permite compreender a peculiaridade, ou melhor, a singularidade de cada união formada, de cada obra construída.

Tantos se perdem pelos caminhos... Outros tantos somam-se à missão sem nada saber e sem sequer importar-se com o passado, tendo apenas o objetivo de servir à Espiritualidade, com amor e desprendimento. E isso é lindo!!! Ver a obra Divina ser admirada pela missão que desperta e não por qualquer história contada em suas muitas versões.

Ver veteranos que apenas estão presentes para continuar servindo, sem desejar reconhecimentos, sem almejar honrarias! Os calos nas mãos, pelas pedras carregadas, não são objeto de exposição e orgulho, mas sim a recordação de que precisou chegar antes para suavizar um coração mais endurecido. As cicatrizes não são mais histórias a serem contadas por heróis de guerra, são apenas a recordação pessoal de que precisou delas para estar em condições de receber os que chegam agora.

Ontem vi um médium de 84 anos feliz cumprindo sua missão. Tinha nos olhos a certeza de que estava fazendo o que era preciso, sem reclamar, sem olhar para os lados, sem lamentar os anos passados. Tinha os olhos de quem ainda está de branquinho, mesmo carregando no colete todas as consagrações. Ele não olhava a beleza do templo físico, carregava um templo ainda maior e mais belo em seu íntimo.

Algumas vezes falam que eu sou um instrutor, mas cada vez mais me convenço que serei sempre um aprendiz. Novas lições a cada dia, inesperadas e que exigem aprender a observar, sem preconceitos, sem vaidades e sem julgamentos.
Kazagrande

“Às vezes a maior sabedoria é parecer não saber nada”.

Comentários

Comente com amor! Construa, não destrua! Críticas assim serão sempre bem vindas.

Postagem Anterior Próxima Postagem