Ao vermos um Apará gritando, esmurrando os Tronos, dando risadas, permitindo comunicações de sofredores ou mesmo realizando gestos intimidadores durante uma incorporação de um irmãozinho (virando-se para o Doutrinador, gesticulando ameaçadoramente), normalmente já consideramos que o médium está desequilibrado!

Já escrevi anteriormente que estas manifestações não são, em absoluto, qualquer sinal de “força”, muito pelo contrário, são falta de conduta de um médium mal preparado e consciente durante a incorporação.

Porém nem tudo é culpa do Apará!

Além da formação do médium estar a cargo de um Instrutor Doutrinador, que tem por obrigação ensinar os conceitos, que Tia sempre insistia, de que nossa Doutrina é fidalga e prima pela elegância, existe toda uma ritualística a ser cumprida para evitar interferências e estes tristes desequilíbrios.

Ao adentrarmos no Templo nossa tônica deve ser outra, pois entramos em contato com nossa Individualidade, desde o momento do primeiro passo, ao abrirmos nosso plexo (“Meu Senhor e meu Deus”), temos que voltar nossa mente para a realização com a qual vamos nos comprometer.

Fazemos nossas reverências, uma Prece ao Pai, seguimos para a Preparação, cumprimos este passo e chegamos à Mesa Evangélica! Trabalhar na Mesa Evangélica não é “só quando eu quero”. Faz parte de uma sequência para estar em condições de ir aos Tronos. Ali entregamos os irmãozinhos que nos acompanharam, ou nos foram confiados pela Luz que refletimos de nosso Plexo Iniciático.

Ao sair da Mesa, antes de ir aos Tronos, tem o Castelo do SilêncioA passagem por ali não é uma formalidade, faz parte de uma sequência de preparação dos médiuns, visando anular interferências e evitar desequilíbrios.

O Doutrinador, com a mente ágil, sente-se pronto imediatamente para o Trabalho e normalmente acaba apressando o Apará. Salve Deus! O Apará precisa de muita sintonia, ele vai ser receptáculo de um Ser de Luz, trazendo mensagens que podem mudar o destino de uma pessoa. Vamos tratar com vidas humanas, entrar em suas vidas! Não posso crer que nada em nossa Doutrina tenha sido trazido dos Planos Espirituais sem um verdadeiro motivo.

Assim, ao entrarmos no Castelo do Silêncio, temos um tempo para nos interiorizamos. O Apará orando, pedindo conscientemente pela segurança que precisa nesta realização; o Doutrinador tranquilizando seu espírito e encontrando-se com a paz necessária neste momento.

O Doutrinador que vai para os Tronos, para ele mesmo consultar com o Preto Velho, está do lado errado! O que está fazendo de uniforme? Vai consultar? É PACIENTE!!!

Meus irmãos e irmãs... Ainda têm mais! Chegando aos Tronos o Apará precisa de um tempo. Vai sentar-se, fazer sua prece, isolar-se do mundo e entregar-se a missão. Somente quando estiver seguro é que vai dar o sinal para receber a ionização.

Salve Deus! É muito difícil que depois de todo este preparo (eu nem citei os cruzamentos realizados na entrada do setor de Tronos), de toda esta tranquilidade, conduzida com elegância pelo Doutrinador, é muito difícil que ainda assim possam acontecer os desequilíbrios nos Tronos.

Agora... Quando apressamos o Apará, quebramos sua sintonia, não respeitamos as instruções básicas recebidas lá no Desenvolvimento, por arrogância ou orgulho, achando que a quantidade de medalhas no colete “nos garante” para ir direto para os Tronos... Salve Deus!

A culpa nem sempre é do Apará!
Kazagrande

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