Uma grande ansiedade, para a maioria de nós, é conhecer o nome de nossos Mentores, sejam Princesas, Pretos Velhos e Pretas Velhas, Caboclos, Médicos de Cura, Cavaleiros e Guias Missionárias, Ministros.

Como é gratificante, desde os primeiros passos doutrinários, este benéfico contato e conhecimento, ou reconhecimento.

Para o Doutrinador(a), que escolhe sua Princesa e depois irá receber nas Consagrações os nomes de Cavaleiro (Guia Missionária) e Ministro, é mais simples.

Já o Apará tem que identificar os primeiros nomes. Suas dúvidas ficam por conta, principalmente, da eterna questão: Será que é este mesmo o nome que recebi? Ele conta somente com aquele momento da incorporação para buscar esta identificação. Por vezes já ouviu nomes com os quais se afinizou, e teme estar interferindo, colocando sua vontade acima da intuição. Para um Doutrinador pode parecer uma dúvida boba, mas para ele, que irá carregar a plaquinha com o nome da Entidade, tem um peso enorme.

Questiona-se como pode estar incorporado com Vovó Catarina das Cachoeiras, se fica sabendo que naquele mesmo momento tem outra Vovó com o mesmo nome incorporada. Aí já entra a dúvida: Será que a minha não era Cambina das Cachoeiras, ou Catarina das Águas? Como pode a Entidade dividir-se?

Vamos analisar por partes, primeiramente a questão da originalidade do nome.

Tomemos o nome de Vovó Catarina das Cachoeiras, por exemplo. Uma das Entidades que mais frequentemente está presente em todos os trabalhos de Tronos. Nos grandes Templos mesmo, é difícil um trabalho em que não tenha ao menos uma incorporada. Mas como? Existe mais de uma?

Bem, o que é o “nome” de uma Entidade? Vejamos: Sua Entidade “principal”, o Preto Velho ou Preta Velha, usa uma roupagem para apresentar-se como tal. Sim! Não quer dizer que necessariamente aquele espírito, que assim se apresenta, tenha tido uma encarnação como escravo, ou escrava. Ele é o seu mentor que vem na roupagem padrão do Vale do Amanhecer, obedecendo as nossas leis e trabalhando seu desenvolvimento espiritual. Pode ser que nunca tenha tido uma encarnação na época da escravidão, mas assim se apresenta, porque esta é a roupagem de Mentor do Vale do Amanhecer. Dificilmente seu nome espiritual, seu nome verdadeiro, será o mesmo com que se apresenta durante o uso da roupagem.

Ele vai escolher uma roupagem dentro de uma falange de Pretos Velhos e se apresentar com o nome do mentor daquela Falange. Filia-se a Falange de Vovó Catarina das Cachoeiras e apresenta-se como tal. Por isso, quando buscamos um “retrato”, feito pelo nosso artista oficial (Vilela), as imagens de Entidades com o mesmo nome são tão diferentes. Aquela retratada é a Vovó Catarina daquela médium! É roupagem daquela Entidade específica, que é mentora da médium que a incorpora.

E se eu errar o nome? Se ainda inseguro, inexperiente, no início do Desenvolvimento, der um nome diferente do que a Entidade tinha escolhido? Como é que vai ficar isso espiritualmente?

Espiritualmente uma Entidade de Luz não vai deixar de lhe atender se você chamá-la de João ou José. O que chega não é a sua voz, e sim sua energia, sua sintonia buscando o contato. Você não sabe o seu nome espiritual, aquele que você irá assumir ao deixar o plano físico e, se tiver merecimento, ingressar em sua nova vida, livre dos restos kármicos, porém não deixará de me atender quando eu lhe procurar pelo seu nome terreno, a energia que nos liga permanecerá, e chegará até você quando a prece for dirigida.

Outro fato é que até o momento do emplacamento tudo pode mudar. Uma energia diferente pode chegar, e seu mentor se apresentar com outra roupagem, ou mesmo uma Entidade diferente da que participou de seu desenvolvimento de forma ativa, e na última hora, vem um nome totalmente diferente do que lhe acompanhou nas aulas.

Para evitar a vulgarização de nomes de nossas principais Entidades, as que participaram na implantação da Doutrina do Amanhecer, Mãe Tildes, Pai João e Pai Zé Pedro de Enoque, entre outros, o emplacamento não se realiza com estes nomes. Mas nada impede que eles, ou outros membros desta falange bendita, venham a incorporar e trabalhar quando necessário. Temos que evitar os egos daqueles que com certeza iriam querer aparecer, usando estes nomes nas plaquinhas. Para as Entidades, não importa como sejam chamadas, importa é a sintonia que o médium tem ao invocá-las.

Os nomes de Ministros, Cavaleiros e Guias Missionárias têm um processo diferente, pois você não participa diretamente de sua escolha. É uma missão específica dos Devas. Lembro que nas primeiras Consagrações, teve um Mestre que recebeu o “Ministro Ajarã” o mesmo nome do Ministro do Trino. Medidas para evitar que acontecesse de novo, também foram tomadas.

Considerando que o que efetivamente nos é passado é energético, espiritual e vibracional, posso afirmar, com certeza, que muitas vezes nos Tronos chegam Entidades de Alta Hierarquia para realizar o atendimento, sem a necessidade de identificarem-se como tal, usando a roupagem de um Humilde Preto Velho.

Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


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