A
manipulação de mensagens por parte de um sofredor, ou mesmo por conta de um
médium mal formado, pode acarretar em uma dívida kármica de difícil resgate.
Influenciar na vida de uma pessoa, em especial, de um paciente, que já chega totalmente
fragilizado para o atendimento, implica em tornar-se parte de um processo, que
por vezes nós teríamos a missão de sanar e o acabamos agravando.
Este
é um assunto muito delicado, pois os médiuns de conduta ilibada podem sentir-se
ofendidos. Mas Tia mesmo nos alertava que quanto maior a classificação, maior o
risco de uma interferência.
Às
vezes as interferências, por parte de um sofredor, podem acontecer sem qualquer
sinal perceptível para o médium de incorporação, cabendo exclusivamente ao Doutrinador
a responsabilidade de identificar, e com toda gentileza sanar a situação:
“Salve Deus Vovó, em Cristo Jesus, podemos dar uma passagem?” Vejam... é
simples. Não precisa, e não deve, chocar o Apará. Que,
por vezes, sequer sabe do que se trata. Um Doutrinador não pode
trabalhar em dúvida, e uma Entidade de Luz jamais vai ficar “irritada” pelo
“excesso de zelo”.
Tanto
a Entidade, quanto o Apará, devem sentir-se felizes de saber que ali está um
Doutrinador atento, e que não vai trabalhar em dúvida.
E
quando a interferência é do Apará? E quando há mistificação?
Infelizmente,
existem aqueles que não compreendem a responsabilidade que assumem ao sentar em
um Trono para lidar com vidas humanas. Com pessoas que muitas vezes depositam
sua última esperança naquele atendimento.
Estes
se tornam insensatos, e podem colocar a perder toda sua encarnação, quando
deveriam estar tendo a oportunidade de aliviar o seu já pesado karma. Os
sintomas deste desvio de missão podem ser percebidos facilmente, mas
infelizmente muitos acabam sendo envolvidos por eles, ao invés de ficarem
alertas com o que está se passando.
Começam
a “ver coisas” em demasia. A todo instante existe uma entidade, uma
Amacê, um sofredor... Enxergam tudo! Mas sem qualquer aplicação prática. Salve
Deus! As visões podem acontecer, mas sempre existe um motivo para isso!
Depois
começam as “profecias”. Onde tudo que se diz é o que acontece,
bastando para isso olhar a forma como justificam tudo.
Por
último vêm os sonhos, onde encarnações inteiras são desvendadas e sempre o
“sonhador” é a vítima! Todos são maus e podem estar sujeitos a
cobrança dele. Novamente recordamos: uma Entidade de Luz jamais vai te contar
qualquer passagem de uma encarnação pregressa sem que tenha um motivo real e
extremamente necessário. Você não precisa saber que fulano foi seu primo,
irmão, marido, etc. Somente acontecem revelações por parte da Luz, quando é
para nosso aperfeiçoamento, e de forma que seja imprescindível e já programada.
Estes
três fatores unidos transformam a missão em algo sumamente desprezível:
Escravidão de sentimentos!
Manipular
as pessoas por conta visões, “sonhos e lembranças” e profecias, é um erro que
tem um custo muito alto, pois está se usando a mediunidade para escravizar
sentimentos!
Claro,
que eventualmente, temos estes conhecimentos, ou vemos alguma coisa, mas se tal
se dá, é para sua individualidade. Jamais para se promover!
O
médium que chega a esta condição necessita de ajuda urgente! Jamais se deve
apoiar suas alucinações, e tão pouco zombar delas. O
que precisa é de orientação, considerando que um dia entrou para esta corrente
com o firme propósito de servir ao próximo. Precisa ser alertado,
levado a refletir sobre o motivo de tudo isso, se realmente algo de bom está
sendo realizado, ou se somente um falso respeito se levanta junto com inveja e
dúvida. Precisa compreender que: Da Luz, nada emana por acaso ou sem
sentido. Se não há algo de bom acontecendo por conta do “vê”, é hora de se
perguntar se isso vem da Luz, ou não?!
Nada
de caçar bruxas nesta hora, apenas fazer com que cada um reflita acerca de seu
papel.
Que
este texto possa servir de alerta para não nos envolvermos jamais nos contos de
fadas, e sim vivermos a nossa jornada com segurança, fé e razão. Tudo
devidamente equilibrado. Perguntando sempre: Isso é útil? Faz bem a quem, e
como?
Mestre Kazagrande –
Adjunto Anavo