Nos relatos bíblicos, Judas Iscariotes, que integrava o grupo de apóstolos de Jesus, foi o responsável por entregar Cristo aos soldados que o levaram para ser crucificado. Judas indicou Jesus com um beijo no rosto. Pela traição, o apóstolo recebeu 30 moedas de ouro. A passagem bíblica marca um dos maiores casos de traição da história da humanidade e, por isso, faz os cristãos, anos após ano, reviverem a cena.

Apesar da prática de “malhar o Judas” ser totalmente divergente dos ensinamentos de Jesus, que pregavam o perdão acima de tudo, muitos ainda mantém esta atitude nefasta, talvez como forma de extravasar suas próprias frustrações com as traições já vivenciadas.

Tia Neiva, certa vez, comentou sobre isso, pois alguns dos meninos do orfanato, seguindo as tradições de suas famílias, queriam “fazer um Judas e dar cabo dele”. Com muita paciência e explicações próprias para crianças, impediu tal ato.

Para os médiuns, no momento propício falou sobre Judas também:

Meus filhos, este espírito, Judas, até hoje, quando se aproxima a Semana Santa, é colocado em uma redoma de proteção, encapsulado, para não sofrer com as terríveis vibrações emitidas pelos encarnados na Terra. É um espírito evoluído, cumpriu um triste papel, mas sequer pôde encarnar novamente, pois as vibrações são muito intensas. Até mesmo agora, em espírito, estas vibrações poderiam enlouquece-lo, por isso a Espiritualidade o protege em especial nesta data.

Tia também deixou por escrito, em 27 de abril de 1.983 a seguinte passagem tratando de Judas:

Naquele instante comecei a pensar, começaram a passar por minha cabeça as imagens de Judas, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. No entanto Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos, continuava a sua narração. Judas não foi um traidor, foi sim um supersticioso. Na sua incompreensão, acreditou ser Jesus um ser político. Judas tivera grandes oportunidades de conhecer Jesus, pois o acompanhava desde a sua chegada do Tibet. Nesse período como nos já esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a permissão de Maria e José seus pais. Lá Ele fora iniciar-se junto às Legiões em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos por Sistema Crístico, nos mundos etéricos. De lá Ele voltaria para o início da sua tarefa doutrinária evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem pescadores de almas. E que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre os escolhidos; junto a Jesus, Judas sofrera humilhações nas sinagogas, quando os Rabinos voltaram às costas para Ele… Enfim, quantas lições recebidas…Fenômenos testemunhados…Mas só os pobres e os miseráveis o conheciam analisava Judas em sua incompreensão, já cansado das perseguições daquela época, e pensando que ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que o perseguiam, Jesus com um simples olhar colocaria por terra toda aquela gente. Pensava assim força-lo a usar os seus poderes e ser realmente o rei do mundo. Lembrou-se também de quando foram convidados por Jesus para o acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e o amado Mestre atirando a rede sobre as águas e a trazendo cheia de peixes. Enfim, Judas não acreditaria que o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim: o que viu foi Jesus ser amarrado e a pontapés ser levado à presença de Pôncio Pilatos… Não foi remorso, foi um grande arrependimento, uma grande dor, de não haver compreendido a grande missão de Jesus que o levou, chorando, pensando, a enforcar-se. Formou-se um temporal, o céu escureceu como escureceu a sua alma. Porque vamos rir, festejar a sua grande desgraça? (Tia Neiva em 27/04/1983).

Creio que nada resta a comentar sobre este fato. Algumas vezes vemos relatos  de que “fulano foi Judas”, e até cheguei a ler uma postagem de um mestre que se intitulava o Judas reencarnado... Salve Deus! Fica claro que pelos olhos que Tia Neiva jurou a bem da verdade:  Judas não reencarnou.

Kazagrande


1 Comentários

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  1. Judas não foi um traidor! Era a sua missão, o seu karma, que tinha que cumprir quer quisesse quer não, ou a história seria outra. Enforcou-se de tristeza, mas cumpriu...

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