Sempre insisto muito com esta frase pelo fato de ser uma
verdadeira “chave” para desmistificação. Uma entidade, uma intuição, uma
comunicação, somente será proveniente da Luz, se efetivamente trouxer algo bom
e produtivo.
Infelizmente existem os médiuns que levam os desejos de sua
personalidade para um trabalho espiritual, onde somente a Individualidade
deveria permanecer, e com isso apresentam perguntas desprovidas de real valor
espiritual para um missionário interessado em cumprir sua missão de auxiliar aos
menos esclarecidos e encaminhar nossos irmãozinhos.
Vamos refletir com clareza sobre a necessidade de interrogar
uma Entidade sobre encarnações passadas, por exemplo. Primeiramente, sabemos
que tivemos a bênção do esquecimento, provida por Deus, pela necessidade de
estarmos livres de preconceitos, em uma nova jornada e para não nos prendermos
às tristes lembranças de um passado onde falhamos por não saber amar.
Especular sobre este assunto é uma grande falta de preparo
para quem assume uma missão a ser cumprida na Individualidade. É mais do que
isso, é uma total insensatez! Querer saber se foi rei ou rainha, comandante ou
princesa, se teve riquezas, reajustes com histórias dignas de virar filmes...
Salve Deus!
Qual a utilidade? Se houver alguma, a informação chegará em
uma hora precisa e sem a necessidade de qualquer pergunta a respeito. Por
vezes, em um reajuste pesado, nossos Mentores consideram que poderá ser de
valia se você tiver consciência que passa pela situação, em função de um passado
vivido e que pode lhe ajudar a aceitar o presente. Mas, isso chega
naturalmente, sem perguntas, sem forçar!
Insistir com questionamentos infantis é buscar a
mistificação! Pensemos em como fica o médium incorporado ao “ouvir” este tipo
de questionamento. Por vezes a Entidade até “vislumbra” o passado do
inquiridor, mas sabe que de nada valerá expor a situação de um passado
esquecido pelo amor de Deus! E o médium, acuado pela insistência das perguntas,
por vezes acaba “soltando” o quê não deve, ou até mesmo mistificando uma
comunicação.
Não posso crer que seja tão difícil compreender que ao
entrarmos no Templo uniformizados, não somos mais o José, ou a Maria! Somos “o
nosso espírito”, dotado de uma experiência transcendental e que está ali
somente para servir! Para se doar!
Do contrário, será apenas um paciente de uniforme! Paciente
pode tudo, pode perguntar o que quiser, chorar todas as suas mazelas e receber
o consolo e apoio pela emanação das Entidades. Sabemos que JAMAIS uma Entidade
de Luz proverá o que não seja verdadeiramente útil.
Impensados doutrinadores com perguntas pessoais, tomando o
tempo de atendimento dos necessitados, ou vaidosos aparás com “historinhas” de
encarnação e vidências sem qualquer aproveitamento útil, não passam de
pacientes de uniforme!
É hora de avaliar nossa conduta! De sentir nossa missão! É
hora de compreender que quando vamos ao Templo, vamos para servir, e não para
ser servidos ou manifestar nossos pensamentos pessoais. Do contrário, é melhor
continuar como paciente. O médium que assume sua missão, é aquele que
compreende que tem o quê fazer pelos outros, e coloca sua missão acima de seus
desejos pessoais. Coloca seu uniforme para abandonar a personalidade e
identificar-se perante a Espiritualidade como Servidor da Luz.
Havendo necessidade, a mensagem chegará! Nos Tronos, em um
Alabá, em um Angical... Sem precisar perguntar, sem forçar, apenas porque
nossos Mentores sabem nossas reais necessidades, e, no momento em que
estivermos preparados, e houver utilidade, tomaremos conhecimento do que nos é
proveitoso.
Kazagrande
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