Quando um espírito desencarna ele é conduzido, pelas forças
magnéticas, a um determinado lugar onde passará por um breve período de
restabelecimento de suas forças magnéticas, a fim de adaptar-se às novas
condições de sua atual situação, ou seja vai acumular forças e se posicionar
com o corpo espiritual. Chamamos em nossa doutrina este lugar de Pedra Branca.
Pedra Branca é um local onde estão muitos espíritos, na
mesma situação de desencarnados, mas não se veem, isolados totalmente uns dos
outros pelo neutrôn, ocasionalmente ouvindo vozes, sermões e mantras, muitos
sem terem consciência de seu estado de desencarnado.
Ali, o espírito tem oportunidade de fazer reflexões, avaliar
sua encarnação como se, em uma tela projetada em sua mente, passasse toda a sua
jornada detalhadamente. Vê as oportunidades que lhe foram dadas; as boas ou más
coisas que fez; o que havia se comprometido a fazer, antes de reencarnar, e o
que cumpriu, ou deixou de fazer!
Ali é que se passa a famosa história do “filme de nossa
vida”. Durante aproximadamente sete dias, o espírito vive as recordações de sua
passagem pelo plano físico e determina com isso sua real situação espiritual.
Não existem mais máscaras e não se pode mais fantasiar seu
verdadeiro caráter. Sua aura, claramente visível, toma a cor e a forma de seus
pensamentos e é o perfeito reflexo de sua jornada. O padrão vibratório
determina para onde deverá seguir.
Ao terminar este curto período de absorção de energia e
determinação de sua condição espiritual, o espírito é novamente conduzido ao
plano etérico da Terra, onde é orientado pelo seu Mentor que deve buscar
continuar seu caminho, agora, nos planos espirituais. Este momento é decisivo!
Pois se o espírito aceita seguir com seu Mentor, será encaminhado, de acordo
com suas condições energéticas, a um dos planos dimensionais onde tenha
condição de permanecer e se instruir para preparar-se para as novas jornadas.
Muitas vezes, ainda sem energias que permitam que parta, é levado para a Mesa
Evangélica, e lá obtém o fluído magnético que lhe proporciona condições de
partir. Por isso a Mesa Evangélica, na verdade, não é para “espíritos
pesados”... Sua função principal é receber, e doar, esclarecimento e energia
para os recém desencarnados. As Mesas “pesadas e desequilibradas” são atraídas
pelos próprios médiuns.
“De fato, Tia, tentei me levantar de Pedra Branca, de
onde estava, mas acredito que nem o super-homem o conseguiria.
Foi então que me passaram pela mente minhas faltas, na
concentração daqueles dias. Senti imensa frustração pelo que havia feito.
Interessante, Tia, que eu não senti tanto pelo que fiz,
mas, sim, pelo que deixei de fazer. Quantas pessoas a quem deixei de ajudar, e
as quais desprezei!
Ia deixar, agora, a Pedra Branca, porque foram sete dias
dentro de mim mesmo.”
Tia Neiva, em 30 de novembro de 1975
“17 ÀS 18 HORAS - As Amacês fazem, por toda a Terra, um
balé de forças, emitindo a inteligência, a religião e muita energia.
É a hora da Vida e da Morte!
Quando estamos nos planos espirituais, onde o Homem
desencarnado se queixa pela falta de comunicação, de um esclarecimento de sua
vida religiosa ou doutrinária, é neste horário que ele é levado à Terra, onde lhe
é mostrada a grande Atalaia, onde tudo lhe é esclarecido, onde ele sabe que,
por sua própria culpa, abandonou sua grande oportunidade.
A obra de Deus é perfeita e não tem mistérios nem usa
subterfúgios.”
Tia Neiva - Horários, 1984
Porém, se o espírito não aceita o convite de seu Mentor para
que o acompanhe rumo ao novo caminho que se abre; se ele ainda se sente preso
aos sentimentos físicos; se a negatividade, preocupação e remorso, o dominam; e
ele insiste em ficar, em ver de imediato os familiares, em não aceitar o
desencarne... Neste momento a missão do Mentor termina! Sim, ele foi designado
para acompanhá-lo durante toda a sua encarnação e conduzi-lo de volta ao Plano
de origem. Porém, o livre arbítrio é soberano sempre! O compromisso do Mentor acaba
ali.
Este espírito, que resolve ficar na Terra, fica sujeito às
suas vibrações e ao que elas atraírem. Poderá tornar-se um peso para sua
família, ou mesmo, levado pelos tristes pensamentos a regiões de muita dor e
sofrimento. Criará seu inferno e sofrerá até o momento da conscientização de
sua real condição. Muitos são verdadeiramente capturados e vendidos como
escravos. A dor, a humilhação, a degradação nos planos inferiores é muito, mas
muito superior a qualquer castigo ou condenação que ainda exista aqui no plano
físico.
Já o espírito que segue seu Mentor irá passar por períodos
de trabalho, estudo e reabilitação para uma nova jornada. Estes períodos podem
sem maiores ou menores, e são definidos exclusivamente pelas condições
vibracionais do espírito.
Kazagrande
Extraído do livro “Ao Centurião”
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