O toque da sineta do Setor Evangélico é mais que um simples chamado para o trabalho. É um alerta da necessidade de nossa presença naquele setor, visando completar a quantidade necessária para realizar o Trabalho de Mesa Evangélica.

Recordemos que a Mesa Evangélica é a sustentação de todos os outros trabalhos do Templo (Tia Neiva, aula 055). Quando a Mesa não funciona, forma-se um acúmulo de energias densas dentro do Templo, e uma “fila” de irmãozinhos vibrando para a realização. Alguns com muita esperança e outros com muita irritação.

Ao entrar na área da Mesa (Setor Evangélico), enquanto aguardamos a quantidade necessária para sua formação, é hora de imantrar!!! Não há espaço para conversas vazias que só atraem forças esparsas. Tem que colocar o pé lá dentro e já estar trabalhando! Imantrar, mentalizar, e com seu comportamento, verá que outros, que normalmente se perdem nas “conversas sem procedência”, passam a lhe acompanhar na conduta correta. Enquanto estiver cantando, dificilmente alguém irá tentar lhe interromper para falar besteiras.

Ah! ... Mais uma coisa muito importante: Entrou para o trabalho, não saia! Às vezes você induz outro a sair com este comportamento, e acaba sendo o responsável pela não realização de todo o trabalho. Isso tem preço! Recordem da fila de espíritos vibrando, enquanto você resolve sair “à francesa” e escapar do trabalho, por preguiça de esperar mais um pouco.

Aparás acomodados, Doutrinadores(as) atrás, concentração total durante a abertura e então o Comandante determina que se façam as puxadas: Xiiii... O Apará não incorporou! E agora?

Quando você faz a puxada, o Apará passa a receber a projeção mais intensamente, independentemente de qualquer sintoma aparente. Por tanto, nada de baixar a cabeça perto do ouvido do Apará e gritar: “LAVADO SEJE NOSSU SINHÔ JESUIS CRISTO” ... Salve Deus! Um Apará está ali mediunizado, buscando a sintonia daquela incorporação, que muitas vezes é difícil, pesada, e o Doutrinador faz algo assim? Não!!! Um médium deve ter o comportamento exemplar, com carinho e respeito! E mais do que isso, “Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo” é uma chave! Aprenda a pronunciar corretamente! A postura elegante e a voz em bom tom fazem parte da conduta doutrinária.

Após a puxada, o Apará sob projeção deve manter o equilíbrio, mesmo diante da mais feroz vibração. Com as mãos fechadas, mantendo o corpo no mesmo equilíbrio, sem emitir sons, ruídos de qualquer espécie, gestos corporais que incitem qualquer tipo de sentimento. Este equilíbrio e elegância são sinais de uma incorporação perfeita, de muita sintonia e de força do médium. Quando ocorre o contrário é sinal de fraqueza, de falta de controle e até mesmo de desequilíbrio. Não foi isso que aprenderam nas aulas de desenvolvimento?! Se não foram corrigidos, a culpa é do Instrutor!

O Doutrinador realiza então sua doutrina. “Tem uma doutrina específica para a mesa” ... MENTIRA! Não! A doutrina que acompanha a limpeza da aura deve ser espontânea. Seguir um determinado padrão, porém sem ser cansativa e decorada. Tem que ter sentimento! Levar sua vibração energética! Não pode ser uma fala decorada sem emoção, enfadonha e cansativa. Você tem que se concentrar no que está fazendo. Está encaminhando um espírito desconhecido que jamais lhe esquecerá, se aquela realização for completa. Está formando uma amizade que irá, quem sabe, lhe receber quando chegar a sua hora de partir. Pois ele jamais lhe esquecerá. Pense nisso! As palavras podem até seguir o padrão do modelo do desenvolvimento, mas tem que ter emoção. O espírito sente o que você está emitindo.

Ao realizar a limpeza da aura, o cuidado com a elegância também é fundamental. Aqueles que fazem tudo correndo, ou que gesticulam fora dos padrões, inevitavelmente são notados e vibrados. Atraem para si a atenção que parecem querer, mas com certeza, não vem nada positivo junto.

Ah! Mas uma lembrança importante: Nunca, jamais se toca no Apará durante a limpeza de aura!!! Pergunte o que sentiu um Apará que recebeu um toque. Vai ver como ele ficou “feliz” com o choque recebeu, e como o doutrinador(a) caiu em seu conceito.

Quando é realizada a elevação, o objetivo é permitir que o espírito siga sua jornada. Segurar a incorporação é um dos piores erros que um Apará pode cometer. Claro que algumas vezes existe a necessidade de um espírito receber um pouco mais de ectoplasma, ou mesmo um fluido de diferente doutrinador(a), mas está não é a regra, é a exceção! Fazer isso no encerramento da mesa, criando um clima de espetáculo, é ainda pior! Quem leva as vibrações, não é o doutrinador(a) que não “conseguiu” elevar o espírito, e sim o Apará que deu show! Salve Deus! Falo isso assim, de forma clara, porque é o que na verdade todos comentam. Digo ao Apará que não acredite se alguém foi elogiar “sua força” na mesa, por conta de um “show”... Quem fez isso agiu por ignorância ou falsidade.

Resta ainda falar do giro... Giro, quer dizer andar em círculos! É deixar o fluxo energético da mesa seguir a trajetória. Quando um doutrinador(a) estaca atrás de um determinado Apará, esperando que outro doutrinador termine sua doutrina e elevação, ele para este fluxo e fica segurando “carga”, sujeito às forças esparsas. Portando não pare! Siga o giro, somente pare para aguardar quando ouvir o “Obatalá”. Nos faróis é mais uma questão de bom senso. Se tem um ou dois esperando para fazer a limpeza, espere também, mas se já tiverem três ou mais esperando, Salve Deus, siga em frente e não cause um “engarrafamento doutrinário”. A passagem sem fazer a limpeza, quando já existem mais de três esperando no farol, foi autorizada pelo Trino Araken.
Mestre Kazagrande - Adjunto Anavo

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