Muitos, em alguma parte da jornada, mas nem todos, já fizeram ou fazem esta pergunta: Será que sou Doutrinador?

Salve Deus! A possibilidade de um “erro” em seu teste, ou de uma mudança de mediunidade, é muito rara! Não é impossível, mas é realmente muito rara!

Quando você é avaliado em um teste mediúnico, o Mestre, ou os Mestres designados para tal missão, devem ter total segurança de seu trabalho. Avaliam pormenores que não cabem descrever neste texto, justamente para não trazer um conhecimento que pode interferir no comportamento de quem ainda não fez o teste. Mas veja, muitos detalhes são considerados antes que se diga: Você Doutrinador(a)!

O que normalmente acontece, gerando dúvidas que acabam por incomodar os médiuns, é que sua capacidade de mediunização vai se ampliando com o tempo. Você passa a ter um contato direto com as Entidades, e sua sintonia vai se aprimorando.

A Mediunidade do Doutrinador atua com a expansão de sua consciência, ao contrário do Apará, que sente-se levemente entorpecido durante a manipulação, pois se entrega completamente ao que está acontecendo, o Doutrinador(a) tem sua mente expandida. Fica mais “atento” e por vezes com tal sintonia com a Entidade, que passa a verdadeiramente sentir todo o quadro do paciente, compreendendo seus dramas, dores e até mesmo a explicação para o que está passando. Como se a Entidade também “soprasse em seu ouvido” a explicação para aquele atendimento. Não é raro que “visualizem” o quadro do paciente, como se uma pequena tela se plasmasse dentro de sua mente, e a compreensão chegasse de forma visual. Isso também pode ocorrer na chegada de um irmãozinho sofredor.

Tudo isso faz parte, sim, da mediunidade do Doutrinador! Que ao aguçar sua técnica de mediunização passa a dispor de mais compreensão e ferramentas para sua Doutrina.

“Sentir”, para o Doutrinador, é quando está mediunizado e mergulhado em sua individualidade, com a consciência expandida, passando a ser o “Médium Perfeito”! Dotado do Terceiro Verbo, pode fazer sua Doutrina de forma natural, consciente e particularmente voltada ao atendimento.

O aumento da capacidade de mediunização, com um contato maior com os planos que o envolve (físico, etérico e espiritual), por vezes leva o médium a pensar que está “mudando de mediunidade”. Sente claramente a aproximação das Entidades de Luz; já está pronto quando se aproxima um irmão sofredor e até mais: no dia a dia, passa a “pressentir” tudo ao seu redor, o padrão vibratório de quem se aproxima e a energia do lugar onde se encontra. Sua percepção é totalmente diferente da do Apará, que sente as energias porque elas afetam seu plexo. No Doutrinador, sua consciência ampliada dá a noção exata do tipo de energia com a qual está lidando, sem que a mesma venha a afetar seu plexo – isso só acontece se seu padrão vibratório também baixe e se envolva com ela.

Este avanço mediúnico não é obtido diretamente pela “capacidade” do médium, mas sim, pela sua dedicação ao trabalho e a natural evolução que ele proporciona.

A mudança de mediunidade, particularmente de Doutrinador para Apará é muito delicada, deve sempre ser avaliada com muito critério, e só efetivada em última instância. Pois o risco de um Doutrinador ficar como Apará é muito maior do que quando um Apará fica como Doutrinador! Assim nos dizia Tia Neiva.

O início da expansão de consciência do Doutrinador em algumas situações pode causar incômodos. Por exemplo, quando está iniciando está fase, torna-se difícil a concentração, pois o “Templo todo parece estar dentro de sua cabeça”. Ouve todos os ruídos físicos, e se prestar a atenção a cada coisa que está ao seu redor, sua mente capta com facilidade todas as sintonias, tornando difícil a realização do Trabalho (principalmente nos Tronos). É necessário total comprometimento e concentração exclusiva ao atendimento, para que não se sujeite às forças esparsas que circulam no Templo, e que irão lhe causar incômodos bocejos, normalmente confundidos com sono ou cansaço inconveniente. O direcionamento da capacidade de mediunização e sintonia adquirida, exige disciplina, e seus frutos são a realização plena do Trabalho e a semeadura da Paz de seu espírito!
Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


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