Meus irmãos e irmãs, Salve Deus!

Muitas vezes nos questionamos sobre o momento de “cuidar da vida” e deixamos um pouco de lado a missão, sem entender que tudo está entrelaçado de forma indissolúvel, atado com um nó górdio*.

Mesmo quando imprudentemente decidimos “cuidar da vida”, abandonando, ou deixando meio de lado a missão mediúnica, ela se apresenta disfarçada dentro de nossos problemas diários, afinal, nossa primeira missão foi assumir esta encarnação e cumprir uma jornada de encontros, reencontros e desencontros, livremente assumida por nosso espírito em busca da evolução.

Por isso é preciso prestar a atenção a todas oportunidades em semear o bom e produtivo que surgem de maneira natural. Não é preciso internar-se no templo para ser missionário! Somos médiuns, emanamos uma luz que normalmente não é nossa, é dos mentores que nos acompanham sempre, em todos lugares, e que atraem os necessitados desta luz como mariposas em busca do calor.

O cumprimento da missão se apresenta diariamente e é a isto que se referia Tia Neiva ao falar que somos jaguares 24hs por dia, e não a estar no templo este tempo todo!

Na família (principalmente na família), no trabalho, nas relações sociais, somos naturalmente impelidos a dar exemplo de nossa conduta, e despertamos a curiosidade dos que nos cercam pelo comportamento que devemos ter. Embora pessoas “normais”, igualmente com conflitos diários, devemos enfrentar as adversidades com a segurança natural dos conhecedores das energias circundantes. Compreendendo as mazelas diárias como reflexo de nossa necessidade de evolução, afrontando as falhas da personalidade e zelando por passar pelas “provas” com coragem e disposição, aliadas à tolerância e compreensão. Sempre repito: compreender não é concordar! Compreender é respeitar a diferença sem transformar o desafio em guerra.

Isolar-se do mundo pelas maravilhas que os trabalhos espirituais proporcionam já não é mais aceitável. O mundo exige de nós exemplos na convivência diária com os opostos e desafetos. Não nascemos monges, estamos em uma encarnação onde a oração é parte completar e até sustentáculo para a “vida lá fora”. Teríamos buscado uma encarnação de reclusão se fosse assim necessário, mas pedimos o sacerdócio dentro da vida profana.

Então resta encarar os desafios da luta diária como oportunidades em cumprir a missão, oportunidade em evoluir! Deixar de olhar os outros como inimigos e oponentes, e passar ver neles os instrumentos de nossa própria evolução.

Escrevo para os que despertaram, para os que já não têm tempo a perder com fofocas e intrigas, para aqueles que vão ao templo apenas para trabalhar! Aqueles que preferem ir para acrescentar ao que já fazem diariamente na convivência social, vão ao templo para tratar dos espíritos que involuntariamente já doutrinam pelo exemplo vivo de suas ações. Aqueles que vão ao templo completar o trabalho realizado no convívio do dia a dia e também para se reabastecer energeticamente e encarar uma nova semana de missão, seja ela onde for!


Um fraterno abraço, Kazagrande
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