Meus irmãos e irmãs, Salve Deus!

A vida neste plano físico sempre apresenta situações aparentemente complicadas que visam avaliar se estamos dentro do processo evolutivo da oportunidade encarnatória que recebemos. Precisamos tomar decisões que implicam diretamente na demonstração de nosso real caráter, onde verificamos se aprendemos a lição que assumimos passar, ou se ainda estamos precisando de novas provas para entender os objetivos da evolução.

Evoluir significa estar em condições de enfrentar estas provas e tomar a decisão correta, mas qual seria a decisão correta? Salve Deus! A decisão correta é aquela que não nos cause estranheza e nos deixe em paz! Aprender a dominar os sentimentos negativos de vaidade, orgulho, inveja, ganância e outros que um dia fizeram parte das personalidades vividas em outras vidas e que hoje devem ser superadas e substituídas pelo amor, humildade e tolerância.

Considerando estas três premissas do Evangelho (Amor, Humildade e Tolerância), sem dúvidas a mais difícil de ser compreendida é a Humildade! Talvez o Amor seja o mais difícil de ser aplicado, mas a Humildade, para ser compreendida, exige a demarcação de uma sutil linha entre a ignorância passiva e a reação desmedida.

Diz o sábio que aquele que se considera humilde já deixou de ser ao assim se considerar. Logo podemos entender que a humildade virá de acordo com a real evolução, onde o espírito entende que não é preciso sofrer diante dos desafios diários que a vida apresenta.

Inúmeras situações em que nos sentimos humilhados, ou desvalorizados, seriam facilmente suplantadas se entendêssemos como uma simples aferição de que aprendemos a não sofrer pelas coisas e sentimentos terrenos. Espiritualmente os sentimentos são sinceros e as coisas apenas meios para trazer mais conforto e melhores condições para o cumprimento da missão.

Revidamos demais! Normalmente não por vingança, mas por uma reação impulsiva ao sentir-se agredido por coisas pequenas demais! Quando percebemos... Já foi! Agredimos porque nos sentimos agredidos, mesmo se a intenção da outra pessoa não seja nos agredir. Tem um grande diferença entre “se sentir agredido” e verdadeiramente “ser agredido”. Já não deveríamos nos sentir agredidos por tão pouco. Já deveríamos estar acima das picuinhas e mimimis daqueles que não possuem esclarecimento. A humildade também consiste em não se sentir agredido pelo “que vem de baixo”. É preferível pedir desculpas, mesmo acreditando estar certo, do que revidar somente para vingar o orgulho ferido pelos que não têm condições de compreender a jornada evolutiva.

Aí entramos na avaliação sobre a ignorância passiva. Ao entender que o outro ainda não compreende o porquê de sua encarnação, ou mesmo de sua missão, quando tratamos com outros irmãos de Doutrina, nós deixamos a ignorância passiva de lado, pois compreendemos que o outro não pode acompanhar o raciocínio e menos ainda ser retaliado por isso. A reação contra o ignorante apenas nos nivela ao nível dele. Não deixamos de reagir simplesmente porque “somos humildes”! Deixamos de reagir quando vemos que nossa reação não modificará a ignorância do outro.

Para que entendam melhor vou exemplificar com uma situação real:

Há algum tempo escrevi um texto, a pedido de um Adjunto de Povo, esclarecendo alguns pontos que fanatizavam o acesso a alguns trabalhos do Templo. Antes de publicar, enviei para a aprovação, pois era direcionado a esclarecer e jamais polemizar. Houve uma rápida aprovação e entendimento por parte dos médiuns para qual o texto foi dirigido, mas uma missionária, responsável pela fanatização, sentiu-se ofendida, embora jamais houvesse sido citada, e publicou um texto direcionado a ofender, citando o nome de meu Ministro e dizendo toda sorte de impropérios e mentiras. Deixando clara sua falta de entendimento pela posição que ocupa.

Dotado de uma boa retórica, eu poderia destruir frase por frase e publicar para milhares de médiuns o texto inicial e o esclarecimento, gerando vibrações que poderiam destruir a médium. Porém preferi me desculpar, ou melhor, pedir perdão publicamente, mesmo tendo total segurança de cada palavra de meu texto inicial, e me afastar de qualquer polêmica. Doeu? Nem lembro mais, mas creio que na hora doeu. Sofri com isso? Não, em absoluto!

Dou este exemplo apenas porque já passou um bom tempo. É preciso superar as ofensas quando elas não significam nada. É preciso construir nossa própria trajetória, conquistar o respeito não pelo medo ou imposições, mas sim pela conduta.

Nossas reações devem sempre ser pautadas pelas três perguntas que sempre insisto em republicar: Vai resolver? Vai me fazer bem? Vai fazer bem para alguém? Se não?... Não vale a pena reagir!

Kazagrande

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