Texto do Mestre Lua Anderson Augusto

Salve Deus!

Li, recentemente, o texto publicado "Mensagem da Entidade para o Aparelho" e não pude me furtar em fazer alguns comentários, no papel de apará que sou.

Cada Mestre Lua é um mistério, a tentar uma explicação racional às incorporações é algo que pode fugir ao entendimento comum humano.

Por exemplo, quando estou incorporado (e sei da total consciência que tenho), em diversos momentos tenho uma sintonia tão grande com a Entidade, que praticamente as palavras parecem ser transmitidas quase instantaneamente pela boca, quase sem algum tipo de raciocínio.

Claro, se a Entidade mandar um recado: "Fala para o fio que tal...tal...", aí tem uma grande chance de animismo, querendo o aparelho fazer acreditar uma inexistente inconsciência de sua parte. Agora outras vezes pode ocorrer de a Entidade fazer comentários a respeito do aparelho, para que o mesmo escute, e tenha a certeza que não é coisa da cabeça dele, ou muitas vezes com está com dúvidas que não conseguem sanar pela pouca harmonia que mantém durante fora do Templo, sobrando-lhe uma oportunidade no momento da certeza de sua incorporação.

Concordo com a Tia Neiva, quando não recomendava que doutrinadores antigos se tornassem Aparás, pois aí pode haver uma "forçação" onde realmente aconteceria algum tipo de animismo, pelas intenções outras do aparelho. Conheço pelo menos uns dois Aparás, que eram doutrinadores e viraram Aparás, e posso "quase" que garantir que não são Aparás autênticos.

Estou escrevendo alguns comentários a respeito, porque, sei que não é de sua índole, mas o trecho: "Realmente pode ser uma mensagem do próprio Mentor, mas que deveria ficar guardada na consciência apenas para o Apará." soou um pouco, pelo menos para quem lê (ou no meu caso), como certo radicalismo, dando a impressão de o aparelho estar cometendo um erro crasso, quando dependendo da ocasião, aquelas palavras precisariam ser pronunciadas até mesmo em atendimento a conflitos internos do próprio Aparelho, ou a um melhor entendimento em outros conflitos que possam estar acontecendo na vida de um casal (apará-doutrinador) que naquele momento que estão trabalhando juntos.

Respeito sua postura de doutrinador, e principalmente suas opiniões, mas não sei se todos os outros doutrinadores (velhos comandantes espartanos) estão prontos para chamar a atenção de um aparelho, principalmente quando o mesmo esteja ainda buscando “desconflitar” uma incorporação, que por vezes, acredita não ter ocorrido. Nem todos aqueles que acompanham os Mestres de Incorporação em seus trabalhos desenvolveram uma tolerância tal, que os credencie para a cobrança de certas posturas, sem contar ainda que muitas interferências (até do próprio Aparelho) advém da porta aberta pelo próprio doutrinador, por não estar em harmonia com o trabalho, ou por estar vibrando em intenções individualistas.

Abraço fraterno,
Anderson

Tenho que concordar com a exposição do Mestre Anderson, que analisa de uma forma sincera e transparente, sob a ótica de quem está incorporando.

Primeiro porque está corretíssimo ao afirmar que não existem médiuns habilitados a chamar a atenção dos outros. Nisso foi perfeito, pois somos mestres ensinando mestres e a referência que fiz no texto, se não ficou clara, esclareço agora: referi-me quando o relacionamento entre os participantes permitir!

Segundo porque reforça o caráter de serem desnecessários “os recados”, mas inofensivos a nível doutrinário. Porém, jamais devem tornar-se fatos corriqueiros de uma incorporação.

Kazagrande

5 Comentários

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  1. Meu irmão mestre..
    Sou uma ninfa centuriã ,regente lua.
    E suas palavras são as mais sabias e verdadeiras,aqui no nosso templo as doutrinadoras agora estão virando aparás,e isso me frusta,pq creio que elas aprenderam a incorporação devido a um certo tempo doutrinando..
    E por mais incrivél que seja,as mensagens sao como um jornal,extensa e quando connhece o paciente,entra ate na vida dele com mensagens que so PAI SETA BRANCA pra perdoar esse aparelho,se é aparelho né?

    MESTRE..A INCORPORAÇÃO DE CERTOS APARELHOS AQUI NO TEMPLOO PARECE MAIS A DANÇA DO VENTRE,CHEIAS DE VAIDADE.
    E QUANDO E NOS ALABAS,OS PACIENTES MEDIUNS SO QUEREM PASSAR JUSTAMENTE POR ESSES APARELHOS VAIDOSOS E COM MENSAGNES DO TAMANHO DE UM JORNAL..
    GOSTARIA MUITO QUE VC EXPUSERSE ALGO SOBRE TAIS MENSAGENS..
    OBG

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  2. Salve Deus!

    Li o texto "Mensagem da Entidade para o Aparelho" e o comentário do Mestre Anderson e não pude deixa de fazer analogia com minhas próprias experiências, faz um pouco mais de um ano que estou na doutrina comecei como doutrinadora na minha 7ª aula de desenvolvimento incorporei e passei para as aulas de Apará ( a principio, para minha frustração pessoal). Enfim, nas primeiras oportunidades que fui ao trabalho de tronos me sentia muito insegura pensando que tudo aquilo era um erro, que eu não era médium de incorporação e coisas do tipo, no final dos trabalhos, após atender os pacientes, aleatoriamente minha mentora me mandava algum recado, quando o doutrinador a perguntava se havia alguma orientação para o aparelho (ora, estou apenas emplacada penso que é normal uma maior cuidado, atenção, para quem está em desenvolvimento) com o passar do tempo fui adquirindo confiança, entendo melhor a instrumentalidade da incorporação... etc... então os recados se tornaram escassos! Moral da historia, no começo como dizia São Tomé “é preciso ver para crer”, em um primeiro momento o Apará necessita escutar aquela mensagem para certifica-se que “não é coisa da própria cabeça” e gradativamente este “processo” vai se tornando natural, logicamente, variando de individuo para individuo, com isto a preposição se inverte: “é preciso crer para ver”.
    É claro que na comunicação do preto (a) velho (a) com o próprio aparelho o doutrinador deveria ter a mesma cautela que teria na comunicação do preto (a) velho (a) com os pacientas. Ademais, os doutrinadores, também, devem ter cautela para não julgar a “necessidade” daquela comunicação, pois este tema, “julgamento”, está além de nossas faculdades, quão ignorantes somos.
    Salve Deus
    Ninfa Lua Fabiana Tiraboschi

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  3. Gente. Deixemos de divisão. Que eu saiba, me corrijam se estou errado. O tipo de mediunidade nasce conosco. Um doutrinador que se torna apará não é menos apará. Releiam seus comentarios de forma imparcial e tentem absorver o que uma pessoa que esta nesta situação esta sentindo. Não é meu caso. Sou doutrinado, doutrinador, mas se o pai um dia precisar que eu mude a "fita", farei com muito amor! Abraços!

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  4. Senhores:

    Delongar esse assunto é bobagem, pois em seu post original o Mestre Kasagrande RESUMIU CORRETAMENTE toda a mediunidade CONSCIENTE do Apará. Não há, efetivamente, a necessidade de "recadinhos" do aparelho para ele mesmo. Digo do aparelho porquê, tenho plena convicção pelos acervos de Tia Neiva, que o apará ouve tudo aquilo que está verbalizando, através de suas cordas vocais. Aquilo que for para ele apará, dele apará, do merecimento dele apará, somente para ele apará, ficará COM CERTEZA em sua memória ativa. Não há como negar esse fato. Ponto final.

    Parabéns mestre Kasagrande pela excelente explicação e abordagem oportuna desse tema.

    Wagner

    Adj. Ogandô

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