Um Doutrinador não pode trabalhar em dúvida!
Esta é uma premissa fundamental para o atendimento aos nossos pacientes.
Identificar uma Entidade de Luz não é prender-se
nas Chaves, pois estas evitam uma interferência, mas não podem impedir a
mistificação. Por isso existe algo verdadeiramente infalível para o Doutrinador
estar seguro nos Tronos: a comunicação!
O dever do Doutrinador é ouvir tudo! Tem que
prestar absoluta atenção na comunicação da Entidade, de maneira que esteja em
sintonia e possa sentir a grande força da Ionização, que uniu sua aura com a do
Apará, para a realização daquele trabalho.
Uma Entidade de Luz, usando a roupagem de Preto
Velho, preserva o fundamento maior da Espiritualidade: o livre-arbítrio!
Jamais... JAMAIS, um Mentor interfere na vida do paciente, não dá decisões, não
indica como deve ou não deve fazer.
Vamos ver na prática? Por exemplo, um paciente
pergunta se PODE fazer uma determinada viagem. No momento da pergunta, o Apará
vislumbra os acontecimentos, sente a energia da pergunta. Digamos que venha na
mente do médium a imagem de um acidente de carro. O Preto Velho não vai dizer:
Não meu filho, não faça essa viagem porque você vai se acidentar.
Não! A Entidade (e agora o Apará também) já sabe
que o acidente pode acontecer, mas não vai dizer ao paciente que “não pode
fazer a viagem”. O risco é “o Apará dizer” ... O Mentor, dependendo da faixa
kármica que o paciente atravessa, irá, por exemplo, afirmar que sim, pode fazer
a viagem, mas irá sugerir se realmente precisa fazer a viagem agora... Poderá
dizer “meu filho, faça suas orações, busque a sintonia do Divino Mestre, e sua
decisão nesta hora sempre será a melhor” ... Mas NUNCA vai decidir nada pelo
paciente. Não se envolve em seu karma. Não diz para a mulher largar do marido
ou define que tal pessoa é a certa para um relacionamento. Não fala para largar
o emprego e partir em uma aventura, ou para ficar sofrendo dentro de uma
situação atual.
A função da Entidade de Luz nos Tronos é fundamentalmente
trazer a esperança ao paciente! É elevar seu padrão vibracional para que ele
possa receber os benefícios da energia que está sendo manipulada. É limpar sua
aura, promover a cura pela desobsessão e fazer com que o consulente saia
aliviado, mais leve e cheio de esperanças.
Não vou nem tocar nos pontos de “receitas e
superstições”, pois isto vocês estão cansados de ouvir. Levemos em conta a
comunicação! O Doutrinador tem que escutar, o Apará tem que ser fiel ao que a
Entidade deseja revelar, e não pode render-se ao conhecimento que lhe é
proporcionado. Muitas vezes a Entidade revela todo o quadro espiritual do
paciente, mas não para falar tudo! É para o conhecimento do médium, de maneira
que possa interpretar a situação atravessada pelo paciente. Podemos vislumbrar
quadros terríveis, que fazem parte do ciclo kármico em que está envolvido o
paciente, mas jamais podemos fazer com saia sem esperança, desacreditado. Tia
Neiva afirmava que preferia que saíssem desacreditando nela, do que em si
mesmos.
Para finalizar um trecho do “impensado mestre”,
por Tia Neiva.
Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo
Conta Umahan:
“Eu era muito jovem quando me enclausurei neste
mosteiro. Porém, antes de entrar aqui tive grandes experiências, e eis o que
vi: Houve um tempo em que a Índia era o ponto principal para revelações. Vinha
de muito longe curiosos, romeiros, magos e videntes e viviam por lá à espreita
das oportunidades para suas alucinações. E uma destas aconteceu com a família
de um lorde que veio da Inglaterra, para saber do destino de seu filho
recém-nascido.
O mestre que o atendeu estava de saída. Os seus
companheiros já o estavam esperando na célebre porteira, para assim cada um ter
designada a sua direção.
O fidalgo insistiu, e então o mestre contou, sem
amor, o que via no destino do menino: disse que o filho dele teria um mau
destino e deu todo o roteiro de sua vida: em tal tempo acontecerá isto, em tal
tempo será assim.
O fidalgo saiu dali em desespero; o seu filho,
que até então era a sua alegria, passou a ser a própria sentença. Daí por
diante não fez outra coisa senão sofrer, à espera dos acontecimentos, por toda
a sua vida. Porém nada aconteceu; o jovem foi feliz, casou-se e nada de mal lhe
aconteceu”.
Quanto ao fidalgo seu pai, ele amargurou toda a
sua vida. As suas vibrações, não preciso dizer, destruíram o impensado mestre.
Ninguém tem a intenção de magoar ninguém. Porém
o pecado da palavra impensada de um mestre ou clarividente é algo muito sério.
Neiva veja sempre em sua frente um fidalgo, o
homem que sofreu a consequência do seu orgulho. Porém nunca faça como o
impensado mestre, nunca participe com alguém. Serás antes de tudo uma
psicanalista. É bem melhor que as pessoas saiam de perto de ti te
desacreditando, do que desacreditando de si mesmas. Tia Neiva – Minha vida,
meus amores