Vamos distinguir primeiramente as drogas medicinais, das drogas consideradas ilícitas, embora ambas provoquem uma alteração do estado consciencional o quê desestabiliza a possibilidade de manipular mediunicamente.

Após lermos o texto sobre o álcool, já temos uma compreensão do motivo pelo qual deve ser evitado o consumo de drogas pelo médium. A contaminação de seu ectoplasma, e agora com o agravamento de sua limitação de consciência e danos irreparáveis ao seu sistema nervoso, este, extremamente exigido durante um trabalho mediúnico.

Cabe apenas acrescentar comentários sobre o uso de medicamentos que podem levar a dependência e profundas alterações emocionais. Quando recomendado, por um “médico da terra”, o uso de substâncias químicas que podem interferir no equilíbrio mediúnico, o caso deve ser avaliado particularmente. Cabendo ao Adjunto Maior sua liberação final. A situação toda deve ser criteriosamente avaliada dentro de uma perspectiva franca e com total desprendimento.

Existem situações em que o medicamento atua exclusivamente para um balanceio químico no organismo da pessoa, desta forma, embora seja quimicamente tóxico, sua atuação dentro do organismo obtém um efeito reverso, ou seja, reequilibra ao invés de desequilibrar. Mantendo as funções neurológicas estáveis e aptas para o trabalho mediúnico. Estes casos devem ser tratados com muito critério e avaliados particularmente pelo Adjunto Maior, quem se sentir necessidade, buscará orientação profissional para corroborar sua decisão.

Novamente reafirmo que cada caso, é um caso especial.

Kazagrande

O jovem do novo milênio procura sua identidade, sente-se ameaçado, um natural sentimento de desajuste, sofre intensamente com as decepções amorosas e ainda enfrenta problemas de adaptação junto aos familiares e amigos.

Buscando seu espaço, demarcar um território, conceituar seus sentimentos, ele quer ser aceito, reconhecido, amado, notado, apoiado, compreendido e entender a sensação intensa de saudade inexplicável de coisas que não consegue definir materialmente, tem um imenso vazio interno a ser preenchido que o atormenta.

Resistir ao uso do álcool, cigarro, maconha ou outras drogas, pode às vezes significar um sinal de “bobeira”, de desajuste com o grupo, conduzindo-o a uma angustiante solidão.

As drogas (Um texto de Apoio)

Podemos defini-las como o nome genérico de substâncias químicas, naturais ou sintéticas que podem causar danos físicos e psicológicos a seu usuário. Seu consumo constante pode levár à mudança de comportamento e à dependência.

Falamos que um indivíduo é dependente ou viciado a uma substância quando ele perde sua liberdade de escolha diante de um objeto específico predominando uma ação impulsiva e irrefreável em relação ao mesmo. Na toxicomania, esse objeto é a droga, e a ação impulsiva é o seu consumo. Conseguir estabelecer um limite entre "curtir um barato" e se tornar dependente de um objeto é uma linha tênue muito difícil de ser definida.

Se perguntarmos a qualquer usuário se ele é dependente, a resposta é quase que unânime: NÃO!!! Mas, será que é tão fácil sabermos se estamos pulando para o outro lado do muro ou não?

Quem tem, ou teve um contato esporádico com as drogas já deve estar considerando este mais um texto de “velho careta” (ainda se usa esta expressão?). Que eu não tenho nada a ver com isto, e que não sei nada sobre seus problemas. Tudo bem!!! Eu não tenho nada mesmo a ver com sua escolha, mas você certamente tem! Será que você está consciente dela? Ou será que você é daquele tipo que vai levando a vida imaginando que não tem nada a perder, que o corpo é seu e que a liberdade de usar ou não, não é da conta de ninguém? Se você pensa assim, continuo a não ter nada a ver com isso, mas gostaria que você me desse uma chance de eu te contar algumas coisas que sei.

Eu também tive sofrimentos, feri e fui ferido, tive minha auto-estima destruída, mas consegui me recuperar e, acima de tudo, aprendi muito sobre a vida e como me defender.

Sabe, na minha adolescência... (também já fui adolescente e quem me conhece fora do trabalho e do templo acha que ainda sou) conheci muita gente que usava drogas. Amigos que eu estimava e apoiava nas horas do desespero. Vi alguns se livrarem delas depois e outros que destruíram completamente suas vidas. Foi triste!!!! Mas, não deixei de amá-los assim mesmo. Infelizmente, eles que pensavam que nada tinham a perder, perderam a coisa mais preciosa: a sua liberdade de escolher, pois ficaram para sempre escravos das drogas. Você já imaginou o que é ser escravo de uma simples substância química? Será que precisavam se sentir tão insignificantes assim?

Ainda hoje me pergunto por que as pessoas precisam de muletas para caminhar na vida, quando ela nos oferece uma infinidade de opções sadias. Eu sei, que na hora da tristeza, não conseguimos enxergá-las, mas será que precisamos desistir tão facilmente assim?

Vamos pensar um pouco: se eu obtenho prazer ao usar uma substância psicoativa eu não preciso do outro para obter prazer, certo? Eu me sinto independente e no controle da situação. Não preciso aceitar críticas, tenho a sensação de poder, de ser especial, de ser admirado, minha performance melhora, encubro minha timidez, me sinto feliz, pertencente a um grupo....... O que tem, então, isto de errado?

Num primeiro momento parece ser legal, os problemas parecem diminuir. Mas, sua vida não se resume nestes pequenos momentos. Ela é muito mais extensa e cheia de boas e más surpresas que precisam ser vividas, experimentadas e enfrentadas com coragem.

Se formos analisar mais profundamente, aqui estamos falando de problemas e incertezas próprios não só da adolescência, como neste caso, mas de coisas que todos nós passamos várias vezes na nossa vida. Mas, então, por que será que alguns têm que usar drogas e outros não para ultrapassá-los?

Neste milênio estão chegando espíritos diferentes, com uma nova tônica já a ser adaptada ao novo padrão pelo qual nosso planeta deve ingressar. Por isso a sensação de “eu sou de outro planeta” é cada vez maior para grande parte dos jovens.

Desde que nascemos, cada um de nós tem um limiar para suportar as frustrações, para enfrentar a realidade. Quando este limiar é baixo usamos de mecanismos defensivos, como o uso de drogas, por exemplo. Através deste comportamento mergulhamos, então, na alienação e buscamos fantasias regressivas para compensar aquilo que não está sendo encontrado no mundo real, atitude esta que com o tempo nos leva a vitimar e destruir a nós próprios. Ou seja, aqui percorremos na contra-mão da existência, buscando o tudo no nada, imolando-nos a nós mesmos, estreitando nossas relações com o mundo.

Sendo assim, o que estou tentando fazer não é acusá-lo ou discriminá-lo porque você acha legal usar drogas, mas sim, preveni-lo sobre as conseqüências do uso indevido destas substâncias. Ou seja, evitar que você estabeleça uma relação destrutiva com a droga.

Neste sentido, é importante você sempre levar em consideração as circunstâncias em que ocorre o uso, com que finalidade e qual o tipo de relação que você mantém com a substância, seja ela lícita ou ilícita. Faça estas perguntas a você mesmo e quem sabe você começará a descobrir que talvez esteja na hora de você modificar algumas coisas em sua vida.

Se você não conseguir resolver isto sozinho, não se acanhe. Procure uma ajuda espiritual e começará a descobrir as respostas para as suas angústias. Pode não acertar de primeira na escolha da “religião”, mas em algum momento irá encontrar-se “em casa”. Sentirá que pertence a aquele grupo, seja evangélico ou espírita. Lá encontrará outros com a mesma destinação espiritual e que possuem uma tônica “parecida” com a sua.

Não quero ser aqui mais um a apontar o dedo para você, acusando-o quando sequer sei quem é você. Você deve ter suas razões quando fez esta opção. O que quero é apenas estender uma mão amiga e dividir com você seus medos, angústias, frustrações. Ensiná-lo a olhar no espelho todas as manhãs e ver a imagem de alguém feliz, forte, consciente de suas escolhas. Isto não é impossível. A nossa felicidade não pode ser comprada, nem substituída por uma droga qualquer, ela tem que ser conquistada e a maior conquista que podemos fazer é primeiro nos conhecer profundamente, aprendendo a nos amar e a nos respeitar, antes mesmo de pedir que os outros façam isto por nós. Vamos valorizar a vida e a capacidade que temos, através de nossa vontade, de modificar a nós e ao meio.

Nunca se esqueça que a nós só compete mostrar o caminho, mas não podemos caminhar por ninguém. Cada um tem que ser respeitado em suas escolhas, mas nem por isso devemos nos alienar, enquanto vemos o outro se afundar. Tente!!!! Reflita, antes de ignorar minhas palavras. Se assim mesmo, você continuar a pensar que tudo isto é bobagem, eu te respeitarei da mesma forma e a ti só me resta desejar-lhe boa sorte!!!!!

4 Comentários

Comente com amor! Construa, não destrua! Críticas assim serão sempre bem vindas.

  1. PARABÉNS! Texto riquíssimo e que leva ao despertar da consciência! Eu venho acompanhando o EXÍLIO há algum tempo, desde quando mudei de mediunidade e busquei material para minhas antigas dúvidas de apará. Encontrei o Exílio em um dia desses e me identifiquei bastante. Agradeço a disposição e boa vontade que tens de compartilhar tanto conhecimento com tantos que precisam. Claro, sempre com "Mestres ensinando mestres". Que o divino e amado mestre JESUS sempre esteja conosco!
    Igor Viana
    mestre lua
    Templo Ajuvano
    Piracicaba SP

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  2. Muito lindo e um desperta para muita gente,leiam com amor pois algo de bom vai tocar seu coraçao,como tocou o meu,precisamos ter força para mudar tudo que nos faz sofrer,o vazio e muito triste e nos faz levar a nos viciar em substancia que irar destruir a nos mesmo,e menhor buscar ajuda em DEus nossos mentores para continuarmos concientes na responsabilidade que Deus nos confiou.mundaças ja para sermos livres de qualquer drogas que nos destroi.

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  3. Salve Deus, tenho uma duvida sobre o Narguilé, pode ou não pode fuma ? ass mestre everson

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  4. Meu Estimado irmão Everson,
    Salve Deus!

    POr favor mande suas perguntas para meu email: kazagrande@bolivia.com

    Um fraterno abraço,
    Kazagrande

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